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Cabide de luxo: Sanesul abriga cacique tucano enquanto Justiça escancara falta de qualificação em outro apadrinhado

Por Wander Lopes

28/05/2025

 

Enquanto o povo espera por serviços públicos eficientes, algumas figuras carimbadas da política sul-mato-grossense seguem garantindo suas boquinhas – ou melhor, seus tronos – em empresas estatais, autarquias e agências reguladoras. O mais novo mimo foi direcionado à Sanesul, que recentemente abriu espaço em sua folha para um velho conhecido do PSDB estadual. Um verdadeiro presente de grego para a população, que assiste de camarote à eterna dança das cadeiras entre os poderosos em fim de carreira.

Mas nem tudo são flores no paraíso dos cabides. O Ministério Público e alguns deputados com um mínimo de zelo pela coisa pública começaram a ligar o alerta. Prova disso é a decisão recente da Justiça que tirou do cargo Carlos Alberto Assis, então diretor-presidente da AGEMS (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul). A alegação? Falta de qualificação técnica.

Sim, você leu certo: o homem que deveria regular os serviços públicos do estado foi afastado por não preencher os requisitos técnicos. Quem puxou o fio dessa meia foi o deputado estadual João Henrique Catan (PL), por meio de uma ação popular. O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, não teve dúvidas: suspendeu a recondução do apadrinhado tucano ao cargo até nova deliberação.

Resta saber se a moda pega e a fila anda. Porque, se depender do histórico recente, empresas como a Sanesul continuarão sendo tratadas como resorts de luxo para ex-secretários, coordenadores e cabos eleitorais que perderam o glamour das urnas mas ainda têm bons contatos no WhatsApp.

A população? Continua torcendo para que a água chegue com regularidade, que o esgoto seja tratado e que, quem sabe um dia, a meritocracia também entre pela porta da frente no serviço público.

 

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