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Curiosidade

CPI do Consórcio Guaicurus revolta população: transporte precário, fala polêmica e descrença na Câmara

Por Wander Lopes

26/06/2025

 

 

A criação da CPI do Consórcio Guaicurus na Câmara Municipal de Campo Grande, inicialmente vista como uma resposta às inúmeras denúncias sobre a má qualidade do transporte coletivo, começa a gerar mais indignação do que esperança. A situação ganhou novos contornos após a fala do presidente da Casa Legislativa, que sugeriu, em entrevista recente, a possibilidade de novos repasses ao consórcio — um comentário que caiu como uma afronta à população.

Enquanto os campo-grandenses enfrentam diariamente ônibus superlotados, mal conservados, com mau cheiro — muitas vezes comparado ao de “ovo podre” — e atrasos constantes por falta de veículos suficientes nas linhas, ouvir uma autoridade propor mais dinheiro para a concessionária foi como jogar sal na ferida.

O trecho da fala virou polêmica e circulou nas redes sociais com duras críticas. Para muitos, o comentário apenas reforça o sentimento de que a CPI está sendo conduzida para acabar, como tantas outras, em pizza. “Já é esperado que essa CPI dê em nada — ou pior: que a concessionária ainda leve um troco a mais no final das contas”, disparou um morador indignado da região sul da cidade.

A revolta popular cresce à medida que a confiança nas instituições enfraquece. A expectativa era que a Comissão Parlamentar de Inquérito trouxesse respostas, cobrasse melhorias e responsabilizasse a empresa por anos de serviços deficitários. No entanto, discursos desconectados da realidade e possíveis manobras políticas acendem o alerta sobre o verdadeiro destino da investigação.

A população quer dignidade no transporte público, não conchavos nos bastidores. A Câmara tem a responsabilidade de demonstrar, com ações concretas, que está ao lado do cidadão — e não de uma concessionária que há muito tempo perdeu o respeito da sociedade campo-grandense.

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