We Are the World: quando a união gera resultados, ao contrário da CPI do Consórcio Guaicurus

Em uma única noite de 1985, as maiores estrelas da música mundial se reuniram para gravar a histórica "We Are the World", canção emblemática composta por Michael Jackson e Lionel Richie, produzida por Quincy Jones. A gravação — que envolveu produção, roteiro, filmagens e gravação de vozes — foi realizada em apenas uma noite, com eficiência, propósito e, sobretudo, senso de urgência. Tudo isso para arrecadar fundos e combater a fome na Etiópia. Uma prova de que, quando há comprometimento coletivo, resultados concretos são possíveis em tempo recorde.

Em contraste, em Campo Grande, a Câmara Municipal patina em lentidão diante da CPI do Consórcio Guaicurus. Um processo que já se arrasta por tempo excessivo, sem respostas claras, sem avanços visíveis e, o pior: sem o comprometimento esperado de quem foi eleito para representar os interesses da população.

A população espera agilidade, transparência e eficácia. No entanto, os envolvidos na CPI parecem não conseguir sequer se reunir com o mínimo de coesão ou comprometimento. Reuniões esvaziadas, prazos empurrados, manobras políticas. Enquanto isso, problemas no transporte coletivo seguem afetando o cotidiano de milhares de cidadãos.

Se artistas de diferentes estilos, egos e agendas conseguiram se unir em uma única noite para uma causa global, por que nossos representantes locais não conseguem fazer o mínimo em meses, ou até anos? O que falta: vontade política ou respeito pela sociedade?

A história já provou que quando há união e propósito, os resultados vêm — como foi com "We Are the World". A sociedade campo-grandense espera o mesmo espírito de urgência e responsabilidade por parte de seus vereadores. O tempo da espera já passou. Agora é hora de respostas.