O que cientistas descobriram sobre o terremoto causado por show de Taylor Swift

Pesquisadores da Irlanda transformaram os shows de Taylor Swift em Dublin, em 2024, em objeto de estudo científico e concluíram que eventos culturais podem ser aliados na compreensão da ciência. A análise dos chamados “SwiftQuakes” foi publicada no International Journal of Science Education e mostrou que os tremores causados pelo público foram detectados a mais de 100 quilômetros de distância.

A investigação foi conduzida pela geofísica Eleanor Dunn, do Instituto de Estudos Avançados de Dublin, e pelo professor Joseph Roche, do Trinity College Dublin. Durante as três apresentações da cantora no Estádio Aviva, em junho de 2024, os pesquisadores instalaram 42 sismômetros temporários em 21 pontos da capital irlandesa. Os dados foram comparados com registros da Rede Sísmica Nacional Irlandesa.

Músicas como “Shake It Off” tiveram impacto suficiente para que os sinais fossem captados em áreas distantes, como as montanhas de Dublin e a região de Wexford. O fenômeno foi amplamente divulgado em redes sociais e veículos de imprensa. Parte da análise contou com vídeos enviados por espectadores dos shows.

Segundo Dunn, a pesquisa mostrou que a ciência pode se aproximar da sociedade ao dialogar com eventos da cultura pop. “Este projeto foi uma oportunidade incrível de preencher a lacuna entre a cultura pop das celebridades e a pesquisa científica. Testemunhar o entusiasmo do público, especialmente dos Swifties, em entender como sua energia coletiva se traduzia em ondas sísmicas mensuráveis foi verdadeiramente inspirador”, afirmou.

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