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Economia

Hectare de terra rural custa até R$ 125 mil em Mato Grosso do Sul

Regiões que diversificaram fora do binômio boi-soja registram aumento dos preços de até 20%

Por Wander Lopes

25/01/2025

Quando o assunto é venda de fazenda, reina o ditado de “que a terra vale o que ela entrega”. Em Mato Grosso do Sul, segundo Geraldo Paiva, presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso do Sul (Secovi-MS), no período da pós-pandemia, as terras – principalmente as agrícolas – valorizaram em torno de 20%. Dependendo da região do Estado, o custo do hectare chega a R$ 125 mil, conforme pesquisa nos anúncios de vendas.

“Houve uma valorização muito forte nesse período em função dos preços das commodities e das boas safras de grãos”, avalia Paiva, que está no mercado imobiliário local há quase três décadas.

Entretanto, ele afirma que, atualmente, o mercado está “morno” exatamente pelo fato de Mato Grosso do Sul ter vindo de duas safras agrícolas com produção aquém das expectativas. 

No ano passado, a produção de soja, segundo estimativas da Associação dos Produtores de Soja de e Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS) foi de 12,9 milhões de toneladas, 20% a menos do que no ciclo anterior.

 

A produção de milho também registrou queda e fechou com 8 milhões de toneladas no mesmo período, impactada principalmente pela estiagem, com mais de 50 cidades produzindo abaixo da média.

No atual ciclo da soja, apesar da expectativa de aumento da área plantada, os primeiros prognósticos feitos pela Aprosoja-MS já apontam perdas de potencial produtivo em, pelo menos, 30% da área semeada, principalmente nos municípios das regiões sul e sul-fronteira do Estado.

Nessas localidades, alguns produtores iniciaram timidamente a colheita e já decretaram situação de emergência, por conta da falta de chuvas.

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