Santa Casa à beira do colapso: repasse travado e vidas em risco

Em Campo Grande, a Santa Casa agoniza diante da lentidão burocrática e da inércia política. O hospital, principal referência em atendimentos de média e alta complexidade no Mato Grosso do Sul, continua à beira do colapso: faltam insumos, salários estão atrasados e cirurgias seguem suspensas por tempo indeterminado.
Mesmo após o anúncio de um repasse emergencial de R$ 25 milhões pelo Governo do Estado, os trâmites jurídicos seguem emperrados, e a verba continua fora do alcance da administração hospitalar. A cada dia que passa, cresce o risco de desassistência, agravado por um déficit anual que ultrapassa R$ 158 milhões.
Enquanto isso, profissionais da saúde lidam com sobrecarga, pacientes esperam por atendimento nos corredores e centenas de vidas são colocadas em risco. A Santa Casa, que já enfrenta o caos financeiro há anos, agora chega ao seu ponto mais crítico.
Alerta: vai morrer gente.
Não por falta de conhecimento técnico, não por escassez de profissionais capacitados, mas por negligência de quem deveria agir. O poder público—municipal, estadual e federal—precisa ser responsabilizado. O jogo de empurra entre esferas governamentais já custou tempo demais. O próximo custo pode ser medido em vidas.